Sentara-se ali muitas vezes
durante uma temporada
como se pudesse dispensar-se de tudo
embora sem deixar transparecer
os trabalhos interrompidos, os recursos, partidas
melhores do que aquela
não tinha a certeza se iria a tempo dessa verdade
Que seguraria ele se pudesse?
Há um momento sem explicação
em que a porta de casa nos resiste
os aspectos habituais debatem-se
em inquietante estranheza
e quando atravessamos o corredor na penumbra
os espelhos não nos reconhecem
José Tolentino Mendonça,
O VIAJANTE SEM SONO,
Assírio & Alvim, 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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