terça-feira, 30 de março de 2010

Testamento

Disse: Creio na poesia, no amor, na morte,
e por isso mesmo creio na imortalidade. Escrevo um verso,
escrevo o mundo; existo; existe o mundo.
Da ponta do meu dedo mínimo corre um rio.
O céu é sete vezes azul. Esta pureza
é de novo a primeira verdade, a minha última vontade.

Giánnis Ritsos

Antologia de Giánnis Ritsos,
Fora do Texto

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